11/09/2025 04:03

O Crime do Século: A Demolição do Palácio Monroe

O Crime do Século: A Demolição do Palácio Monroe

A queda do gigante

Em um dia de janeiro de 1976, o que outrora fora um dos mais belos edifícios do Rio de Janeiro, o Palácio Monroe, começou a ser demolido. A ordem havia sido dada e, com ela, um dos maiores patrimônios históricos e arquitetônicos do país foi destruído. Mas quem foi o responsável por esse crime contra a cultura?

Uma demolição lucrativa

A demolição do Palácio Monroe foi um negócio lucrativo para alguns. A empresa responsável pela obra, a Aghil Comércio de Ferro Ltda, lucrou milhões com a venda de materiais como ferro, cobre e até mesmo os imponentes leões de mármore que ornamentavam a entrada do palácio. Os leões, esculpidos pelo italiano Vaccari Sonino e com oito toneladas cada, foram vendidos para colecionadores particulares.

Uma campanha de ódio

Mas como um prédio tão importante foi condenado à destruição? Uma investigação aprofundada revelou uma campanha de difamação contra o Palácio Monroe, orquestrada por poderosos interesses. Jornais da época publicaram artigos atacando a arquitetura do prédio, alegando que ele era um “monstrengo” que atrapalhava o trânsito. Essa campanha negativa influenciou a opinião pública e preparou o terreno para a demolição.

Um crime contra a história

Um crime contra a história
O Palácio Monroe foi projetado e construído pelo engenheiro Souza Aguiar a pedido do presidente do Rodrigues Alves para a Exposição Universal de 1904

A demolição do Palácio Monroe foi um crime contra a história e a cultura do Brasil. Um prédio com tamanha importância histórica e arquitetônica não deveria ter sido destruído. A perda do Monroe é um lembrete de como a ganância e a falta de valorização do patrimônio podem ter consequências irreparáveis.

Um legado de ruínas

Hoje, no local onde outrora se erguia o Palácio Monroe, existe apenas uma praça vazia e uma garagem subterrânea. A memória desse edifício grandioso, no entanto, permanece viva na lembrança de quem o conheceu e naqueles que lutam para que a história não se repita.

A história da demolição do Palácio Monroe é um alerta para que cuidemos do nosso patrimônio histórico e cultural. É preciso que a sociedade como um todo se mobilize para preservar os bens culturais e impedir que outros monumentos sejam destruídos.

Foto de Thiago Igor

Thiago Igor

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