Foto: Carl V. Ericsson em 2012
Você já sentiu raiva de um colega de escola? Daqueles que te deram um trote humilhante ou te fizeram passar vergonha na frente da turma? A maioria de nós supera. Afinal, a vida segue, as rugas aparecem, e a gente aprende a rir da própria desgraça.
Bom, a maioria, menos um senhor de 73 anos chamado Carl V. Ericsson.
Essa é a inacreditável, trágica e chocante história real de como um rancor de mais de cinco décadas se transformou em um crime de primeiro grau nos tranquilos campos de Dakota do Sul, nos EUA. Prepare-se, porque essa aqui parece roteiro de filme de vingança lenta, mas não é.
A Semente da Amargura: Um Trote e 50 Anos de Espera
Nossos protagonistas eram dois senhores em estágios avançados da vida:
- A Vítima: Norman Johnson, um professor e técnico de atletismo aposentado, aparentemente bem-sucedido e respeitado em sua comunidade.
- O Assassino: Carl V. Ericsson, um homem de 73 anos que, ao que tudo indica, não havia superado o Ensino Médio.
O motivo do crime? Um trote escolar — uma prank, como se diz por lá — sofrido por Ericsson mais de 50 anos antes. Sim, você leu certo. Mais de meio século.
Os detalhes exatos da humilhação nunca foram totalmente revelados, mas o trauma na vida do jovem Ericsson foi, aparentemente, tão grande que ele não só a guardou como um tesouro, mas a deixou fermentar.
Se você pensa que a maturidade traz sabedoria, o caso Ericsson-Johnson está aqui para te provar o contrário. O rancor de Carl não era apenas pela brincadeira; a filha de Johnson sugeriu que ele sempre sentiu uma profunda inveja do sucesso do ex-colega. O trote, no fim das contas, foi só o pavio para uma amargura que virou estilo de vida.
A Vingança Tardia e o Desfecho Trágico
Em janeiro de 2012, o plano silencioso e macabro de Carl Ericsson se concretizou. Ele invadiu a casa de Norman Johnson e o matou a tiros. A polícia de Watertown, que logo o deteve, confirmou que o crime foi friamente premeditado.
A cena era surreal: dois homens idosos, um com um histórico de sucesso e outro obcecado por uma mágoa de juventude, encerrando suas vidas em uma tragédia impulsionada por um passado que todos já haviam esquecido.
No tribunal, Ericsson tentou uma defesa de “culpado, mas mentalmente doente”. De fato, guardar ressentimento por 50 anos não parece o ato de uma mente saudável. Ele foi condenado à prisão perpétua. Antes de ser sentenciado, ele pediu desculpas e disse que queria voltar no tempo.
Irônico, não é? Ele teve 50 anos para voltar no tempo, processar a dor, buscar ajuda, ou simplesmente virar a página. Em vez disso, ele escolheu a prisão perpétua como desfecho para um problema que nasceu na lanchonete do colégio.
A história de Carl Ericsson é um lembrete dramático do poder corrosivo do ressentimento não processado. Não importa o quão humilhante tenha sido a situação; carregar essa bagagem por décadas pode custar não apenas a liberdade, mas a própria vida.
Então, da próxima vez que você se pegar remoendo aquela briga de anos atrás, pense no senhor Ericsson e se pergunte: vale a pena gastar 50 anos da sua vida por isso? A resposta, nesse caso, está escrita com tinta indelével em uma cela de prisão.
Isso mesmo, nada de manter rancor. Todos sabemos que quem consegue perdoar sai sempre ganhando!