No último sábado, 11 de outubro, o cinema perdeu uma de suas figuras mais singulares e influentes: Diane Keaton. A atriz, produtora e diretora americana, nascida Diane Hall, nos deixou aos 79 anos em Los Angeles, deixando um legado de papéis complexos, estilo revolucionário e uma coleção de prêmios que inclui um Oscar, um BAFTA e dois Globos de Ouro.
Keaton não era apenas uma atriz; ela foi um fenômeno cultural que moldou a moda e definiu a mulher moderna no cinema por décadas.
De Coadjuvante de Coppola à Musa de Woody Allen
A trajetória de Diane Keaton é marcada por encontros icônicos que a catapultaram ao estrelato
O Estilo Unissex que Virou Tendência
Neurótico, Nova Nervosa não lhe deu apenas um Oscar; definiu uma moda. Com suas roupas unissex, chapéus, gravatas e coletes, Keaton iniciou uma tendência de estilo que a tornou um ícone e “a imagem da garota ideal” para muitos americanos, que se encantavam com seu jeito desajeitado e sua fala singular.
A Versatilidade Além da Comédia
A dúvida sobre se Diane Keaton era apenas uma “boa atriz representando a si mesma” foi rapidamente desfeita por papéis dramáticos de alto calibre:
- Em À Procura de Mr. Goodbar (1977) e Interiores (1978), ela demonstrou sua capacidade de mergulhar em temas sombrios.
- Em Reds (1981), ao lado do então namorado Warren Beatty, ela interpretou a ativista feminista Louise Bryant, recebendo mais uma indicação ao Oscar.
- Sua carreira seguiu com sucessos populares como Pai da Noiva (1991 e 1995) e o aclamado O Clube das Desquitadas (1996), ao lado de Bette Midler e Goldie Hawn.
Mesmo madura, ela continuou a dominar as comédias românticas. Em As Filhas de Marvin (1996), brilhou ao lado de Meryl Streep e Leonardo DiCaprio, recebendo outra indicação ao Oscar. E no sucesso Alguém Tem que Ceder (2003), ela provou que seu charme cômico ao lado de Jack Nicholson era atemporal, garantindo sua quarta indicação à estatueta.
Um Legado de Independência
Diane Keaton, que adotou o sobrenome de solteira de sua mãe por já haver uma Diane Hall no sindicato dos atores (e que inspirou Michael Douglas a adotar o nome “Keaton” também), era a personificação da mulher forte e independente que ela tanto admirava em sua inspiração, Katharine Hepburn.
Mesmo nunca tendo se casado, a atriz manteve a vida pessoal sob seus próprios termos, criando seus dois filhos adotivos, Dexter e Duke, e explorando outros interesses como a fotografia, o canto e a direção (com trabalhos notáveis em séries como Twin Peaks).
Diane Keaton nos deixa uma filmografia que equilibra o drama profundo e a comédia elegante, uma marca de estilo inconfundível e a certeza de que a originalidade é a chave para a imortalidade artística. Seu brilho inconfundível fará falta nas telas.
Triste perda 🥲 Descanse em Paz Diane 🙏