Em um anúncio que marca o fim de uma era no telejornalismo brasileiro, o lendário apresentador William Bonner anunciou sua saída da bancada do “Jornal Nacional”. Aos 61 anos, ele deixará o comando do principal telejornal do país após quase três décadas, exatamente 29 anos, consolidando-se como o âncora com a mais longa trajetória na história do programa.
A transição, planejada meticulosamente há cinco anos em conjunto com a direção da Globo, simboliza uma nova fase na carreira do jornalista. Bonner permanecerá na apresentação até o dia 3 de novembro, dando lugar a César Tralli, que dividirá a bancada com a parceira de longa data, Renata Vasconcellos.
Um Legado de Quase 30 Anos e uma Nova Jornada
Desde que assumiu o “Jornal Nacional” em 1996, e a chefia de edição em 1999, Bonner se tornou uma voz familiar e confiável para milhões de brasileiros. Ele esteve à frente de coberturas históricas que marcaram a memória de uma geração, como os atentados de 11 de setembro, a morte do Papa João Paulo II e o acompanhamento de eleições e tragédias nacionais.
Sua contribuição vai além da apresentação. Bonner foi o responsável por modernizar a linguagem e o formato do jornal, introduzindo inovações como a mobilidade na bancada e o uso de tecnologias que trouxeram mais dinamismo e proximidade com o público.
A partir de 2026, ele se dedicará ao “Globo Repórter”, onde se juntará à amiga e talentosa Sandra Annenberg. Em sua emocionante declaração, Bonner revelou que o objetivo é reduzir sua carga de trabalho para ter mais tempo para a família e projetos pessoais, um desejo que ele nutria há anos.
O Futuro do Jornalismo da Globo
Com a mudança de Bonner, a liderança do “Jornal Nacional” passará para as mãos de Cristiana Sousa Cruz, atual editora-chefe adjunta e uma das grandes parceiras do apresentador. A transição na bancada é apenas uma das movimentações que a Rede Globo vem preparando: Roberto Kovalick assumirá o “Jornal Hoje”, e Tiago Scheuer passará a comandar o “Hora Um”.
A saída de William Bonner da bancada do “JN” não é apenas a troca de um apresentador, mas o fechamento de um ciclo icônico no jornalismo brasileiro. Seu legado de profissionalismo e dedicação continuará a inspirar uma nova geração de jornalistas e, com certeza, sua nova jornada no “Globo Repórter” será acompanhada com o mesmo carinho e admiração de sempre.
