09/06/2025 11:12

Joia Escondida na Disney+: “Atlantis – O Reino Perdido” – Uma Aventura Subestimada de Ficção Científica e Fantasia que Você Precisa Ver!

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Prepare-se para descobrir um dos filmes mais extraordinários e injustiçados da Disney! Enquanto musicais e comédias dominam o cenário da animação, há uma obra-prima de ficção científica e fantasia que, apesar de sua genialidade, ainda não recebeu o reconhecimento que merece. Estamos falando de “Atlantis – O Reino Perdido”, um espetáculo visual com designs marcantes do lendário Mike Mignola (criador de Hellboy), que você pode (re)descobrir agora mesmo no Disney+.

No início dos anos 2000, o público ainda estava se acostumando com a ideia de filmes animados que iam além dos contos de fadas. “Atlantis” ousou desafiar a fórmula padrão da Disney dos anos 90, e foi recebido com certa indiferença na época. Mas, como um bom tesouro submerso, ele tem lentamente conquistado uma base de fãs leais e apaixonados. É hora de você fazer parte desse grupo e se maravilhar com uma aventura que redefiniu o que uma animação pode ser.

A Jornada de Milo Thatch ao Coração de Atlântida

Conheça Milo Thatch, um cartógrafo e linguista brilhante, mas incompreendido, que insiste na existência da mítica cidade submersa de Atlântida. Ridicularizado por muitos, Milo encontra um aliado inesperado no excêntrico Preston B. Whitmore, que revela ter uma equipe de expedição pronta para desvendar o mistério – e eles precisam desesperadamente da expertise de Milo.

Cheio de entusiasmo, Milo embarca nessa jornada, mesmo sentindo a desconfiança de alguns membros da equipe. O que eles encontram, no entanto, supera todas as expectativas: não apenas artefatos, mas uma cultura viva e pulsante, liderada pelo sábio Rei Kashekim Nedakh e sua filha Kida, que rapidamente desenvolve uma conexão especial com Milo. Prepare-se para uma aventura cheia de descobertas e reviravoltas!

Quebrando Paradigmas: Como a Disney Ousou Inovar

Com um orçamento estimado entre 90 e 120 milhões de dólares, “Atlantis” arrecadou “apenas” 186,1 milhões nas bilheterias – um valor que, apesar de expressivo, não refletiu o impacto artístico da obra. O público de 2001 talvez não estivesse pronto, mas os estúdios Disney já estavam ansiosos por uma lufada de ar fresco.

A história por trás de “Atlantis” é fascinante. Após o sucesso de “O Corcunda de Notre Dame”, o produtor Don Hahn convidou os diretores de “A Bela e a Fera”, Gary Trousdale e Kirk Wise, para um jantar em 1996. A missão? Planejar os próximos passos de forma ambiciosa. Hahn sugeriu que eles partissem para a ofensiva antes que os superiores os designassem para um projeto genérico. Imediatamente, Wise, Trousdale, Murphy e Hahn decidiram que queriam uma pausa do mundo dos contos de fadas e musicais.

Em vez disso, eles se propuseram a transferir outra tradição cinematográfica da Disney para a animação: filmes de aventura épicos, no estilo do clássico “20.000 Léguas Submarinas”, vagamente baseado na obra de Júlio Verne. A ideia inicial de adaptar “Viagem ao Centro da Terra” foi descartada quando a equipe achou o original “chato”. Decidiram então criar sua própria história, que ainda exalasse o estilo de Verne: uma aventura retrô-futurista sobre Atlântida, repleta de mistério, ação e criaturas fantásticas.

Monstros, Batalhas e um Mundo Visuamente Deslumbrante

“Atlantis – O Reino Perdido” te prende desde o primeiro minuto com um prólogo turbulento que mostra o trágico e espetacular naufrágio da cidade perdida. A partir daí, o filme se desenrola em uma aventura de expedição inteligente, com uma equipe disfuncional de personagens cativantes – uma mistura perfeita de ação no estilo de “Os Doze Condenados” e o universo imaginativo de Júlio Verne. Nos primeiros minutos, uma gigantesca nave de pesquisa é brutalmente destruída por um leviatã mecânico, já indicando o tom eletrizante da trama.

O clímax é uma batalha aérea explosiva dentro de um vulcão adormecido, com uma chuva de chumbo, tiroteios de raios de energia e um vilão mutante que eleva a tensão. Nesse meio tempo, alianças são formadas e quebradas, personagens confrontam as consequências da ganância e os costumes de uma cultura milenar são explorados – uma civilização condenada pela própria arrogância a existir como uma sombra de si mesma.

Mesmo com um tempo de duração mais enxuto (que talvez pudesse ter sido beneficiado por mais 120 minutos para aprofundar os personagens coadjuvantes), as sequências visuais são de tirar o fôlego. Atlântida, explorada no formato extra-amplo CinemaScope, é apresentada como uma fusão hipnotizante de diversas culturas, ganhando um caráter marcante através de um princípio de design único.

Esse mundo cinematográfico, embalado pela música ousada, divertida e, por vezes, esotérica e mágica do compositor James Newton Howard, é uma fusão perfeita dos princípios clássicos da Disney com o traço inconfundível do criador de Hellboy, Mike Mignola. Mignola foi convidado como consultor e cocriador, e sua influência é visível: a aventura animada combina superfícies arrojadas com decorações angulares e filigranas, e sombras grandes e pesadas caem em planos sobrepostos em perspectiva, criando uma atmosfera visualmente rica e única.

“Atlantis – O Reino Perdido” é, sem dúvida, uma anomalia sedutora e arrojada no cânone da Disney. Uma dica valiosa para quem busca uma animação com reviravoltas poderosas, design inovador e uma história cativante que vai muito além do esperado. Não perca essa chance de se surpreender!

Ficha Técnica

Atlantis - O Reino Perdido

Atlantis - O Reino Perdido (2001)

Um cartógrafo e linguista chamado Milo Thatch encontra um antigo manuscrito no qual há supostamente pistas de como chegar em Atlantis, o mítico continente perdido no fundo do mar. Ao lado de uma equipe de especialistas liderada pelo Comandante Rourke, ele embarca no submarino Ulysses para comprovar que a lenda é real.

Onde assistir: DISNEY+

Direção: Kirk Wise, Gary Trousdale

Elenco: Michael J. Fox, James Garner, John Mahoney

Foto de Thiago Igor

Thiago Igor

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